terça-feira, 13 de outubro de 2020

Era uma vez.... Assim começam as historias. Assim começa a historia desta Maria .

Miúda travessa, alegre, 

Nasceu no campo no meio lá da Serra, no seio de uma família pequena e pobre. O pai homem do campo, se poderia dizer quase feliz.

Apesar de muito pobres, pouco havia naquela casa. Uma cama, um divã, 1 mesa 4 cadeiras.

A senhora sua mãe, mulher alegre, sadia, trabalhava quase de noite e dia, só que lá colocava flores, limpava tudo impecavelmente,, dando um ar de lar aquele casebre.. Cozinhava num velho fogão a petróleo quando havia, senão era dois tijolos, duos ferrinhos por cima, uns paus de arvores e estava , o fogão, arrumado. Panela em cima, assunto arrumado, 

Sempre aquela Senhora cantava, sorria para tudo,dava força ao seu amado marido. Agradecia  tudo a vida, era felliz com muito pouco

Ele era um homem rude manipulador, ciumento, que amava a família do seu jeito ,a sua maneira, não percebendo que o ser assim condicionava todos.

Maria foi crescendo, neste ambiente, solitaria, que sem dar conta a foi marcando para a vida.

Os anos foram passando, um dia resolveram sair do seu País, imigraram. A vida não foi fácil

A mãe começou a ser lavadeira, nem isso lhe roubou o sorriso, a alegria, que destribuia pela família.

Ele foi para onde vão quase todos os que saiem do seu País, para mudar a vida, foi para as obras.

Maria trabalhava em qualquer coisa, era honesto? estava bom.Continuo a não poder ter amigos/as,

Para ajudar nas despesa da casa, resolveram alugar um quarto, Maria passou a dormir num sofa pequeno, que mal se podia mexer, era preciso pagar as contas,no fim de cada mês isso era o importante

O resto era um mal menor para ela .Maria é agora uma jovem Mulher,que sempre foi reprimida, nunca pode extravasar seus sentimentos, é agora talvez demasiado ingenua e expansiva longe da família, para se fechar dentro delamesma, perdeu o sorriso.

Um dia lutou e casou,aí sim, foi feliz, pode dar largas à sua essencia, foram brindados com os filhotes , Só que nada é para sempre.

Um dia a falta de saúde começou a minar a felicidade, daquela família.

O tempo foi passando os filhos crescendo.

A saúde do chefe daquela família deteriorando-se, um dia deixou a fisicamente, Ela acredita que ainda vive porque Maria nunca o esqueceu . Dizem que só se morre quando somos esquecidos.

Os Pais de Maria já haviam partido também, tudo estava sobre os seus ombros

A luta tornou-se feroz, ela arregaçou as mangas, foi a luta

O tempo foi passando, pois ele não pára

Os bebés de então são homens, de família, tem seus próprios filhotes.

Maria já é uma Senhora idosa, a saúde começa a vacilar, ela sente que o tempo se esgota.

Nada diz, quer viver o mais possível cada momento de amor, em família, aproveitar cada abraço, cada sorriso  de todos em especial dos seus amados netos,.

Maria é apenas uma mulher neste mundo, em que vivemos.

Quantas Marias haverá por aí?

Que estão fechadas dentro delas mesmas, e sorriem , para não chorrar, sem imaginar-mos o drama de muitas das nossas Marias  .

Tal como isto, suas vidas são mantas de retalhos LR





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