chove
Neste dia cinzento, ao ouvir o bater da chuva ,nas vidraças da janela.
fico parada, silenciosa, com um nó , na garganta a ver a mãe Natureza chorar , estas lágrimas grossas , escorrendo...pela vidraça, a pensar em tanta coisa... Em nós Humanos as lágrimas, lava-nos a alma, na Natureza fecunda a terra, prepara a nova Primavera que se vai aproximando de mansinho, pois nada acontece por acaso.
Nesta beleza agreste , pura genuína que é a beleza da nossa serra, não tem o bulício das cidades agora todas engalanadas, a preparar o Natal que muitos não têm.
Mas tem este cheirinho bom a terra molhada, este verde algo diferente que nos faz sentir bem pequeninos, mais ao longe quem caminhar pela serra vai encontrar o mar, e nesse contraste, é quase impossível não ter de parar para admirar , a beleza , eu adoro ver do alto da serra o mar, a esprair-se na areia, ver aquela espuma branca, que me lembra a barra de Luanda.
Aqui não tenho o mar, mas tenho o terreno que me faz sonhar , com os tempos de menina, sempre gostei de caminhar na chuva, que para a minha mãe era um Deus nos acuda, ainda hoje gosto de o fazer, protegida é claro, mas é tão bom sentir-la cair no rosto, fria sim ,mas...agradável
Quando menina corria pelo terreno abaixo até ao ribeiro, hoje , nem pensar o terreno é bastante inclinado ia a rebolar até ao canavial, rsrsrs bem não ia porque as Videiras não iam deixar.
Tudo e todos me vêm á lembrança, mas em especial tu , és para mim eu pessoa muito importante, muito especial
1 Comentários:
Olá Lu,
De repente, vi-me a correr, a pé, descalço, com a sandália na mão, em direcção à Mutamba, e a chuva molhando minha balalaica!
Belos tempos de menino e moço!!!
Quem me dera a mim poder, daqui, apreciar o mar! Quam me dera!
Como vês, nem tudo são espinhos, nem canaviais que nos acolham na queda!
Tudo tem um lado bom, agradável, à espera de ser contemplado!
Um abraço e até sempre,
José Gonçalves
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