Poderia chamar história dele e dela, mas vou deixar ao vosso
gosto…
Era uma vez, Ele um homem maduro, com olhar de menino, com
uns olhos onde a inteligência e o saber estavam bem lactentes, em cada gesto…cada
olhar, mas esse homem com olhar de menino grande, também era solitário e
triste, carente de afetos.
Dono de uma vontade firme,
Seus olhos de um castanho amendoado , tudo pareciam querer
ver e, gravar dentro dele..bebia com
avidez cada palavra dela..
Vinha de uma infância marcante…. luta do dia a dia não se fez rogada…sem abundacia
de menos e fome demais.
Tinha na alma as cicatrizes que só os grandes conseguem
disfarçar, dando-lhe um ar de coisa linda. Um sorriso cativante sensual que nos
prende nos marca…
Trabalhou…venceu, talvez não depende do que chamar vencer…sim
a vida esta cheia de vencer e desaires que não vemos, porque não queremos ver
esquecemos o coração para ouvir a razão que nem sempre é boa conselheira quando
se trata de felicidade.
Ela, uma mulher que todos imaginavam feliz, sorria para tudo
e todos vivia dando amor dando-se aos outros familiares e amigos esquecida que
também ela era pessoa. Também ela ainda
iria querer viver mas não se dava conta disso.
Pensavam que era feliz alguns diziam (Quem me dera ser como
tu, nada te afeta, nada te perturba…) ela sorria num sorriso enigmático que
ninguém percebia,… pensava: que tontos são, ainda bem deixa-os pensar, era fogo
de palha pois logo tudo passava e voltava ao normal.
Sempre ela tentava ver o lado positivo das coisas tentavam
vencer as lutas diárias da vida lutava e vencia , sempre com a esperança,
sempre vendo o lado bom das coisas.
Lá ia semeando amor a sua volta, entre filhos, colegas,
família, nas coisas mais pequeninas, ou nas grandes coisas.
Vivia a margem dela, esquecida também tinha direito a ser
feliz como mulher.
Não tinha pressa de crescer, a vida fez dela mulher quase
sem querer sê-lo, foi esposa e mãe.
A mulher onde ficou...ninguém sabe, nem ela.
Presa na cadeia do amor á vida, filhos e casa. Foi
esquecendo que a solidão não é boa companhia para ninguém, solidão mata.
Ela e ele, viveram tão perto, andaram pelos mesmos locais
mas não deram um pelo outro possivelmente cruzaram-se nos mesmos locais, mas
não se viram, poderiam ter tomado café no mesmo balcão….
O tempo, senhor que tudo sabe, tudo faz, a vida tem sempre
surpresas guardadas..nós na nossa pressa de viver impedimos a vida de realizar o que é melhor seria para nós.
Os seres humanos são complicados.
Um dia sem saber bem como ou porquê…. combinaram tomar café…
Esse encontro foi mágico.
Houve um click como
se sempre se tivessem conhecido, ela serena chegou junto dele. Deu-lhe um beijo
…cumprimentou como se fossem velhos amigos, em verdade já o eram, a novas
tecnologias tem esse encanto, o de fazer as pessoas conhecerem primeiro o ser
que o físico…embora as vezes nem tudo seja como imaginamos.
Foram tomar um café na beira de uma estrada, foi o café mais
saboroso da vida dela, tal o impacto.
Ele colocou-lhe o braço sobre os ombros numa atitude
protetora, carinhosa, ela desabituada de tal gestos de ternura, sentiu-se
segura protegida. Aquela sensação de segurança, toda a envolvência do momento
fez-lhe bem….
Foram ver o mar. O mar tem sempre a magia de acalmar, aquela
imensidão de azul e céu deixa-a sempre encantada.
Andar sobre a areia, apanhar pedrinhas…andar
mão na mão qual adolescentes enamorados…riram das coisas mais simples, são
essas coisas simples que a vida nos dá que nos faz feliz…eles estavam felizes…
Ele num casamento (mas ele dizia estar separado,) que parece
só existe no papel, era tão carente quanto ela.
Nasceu um relacionamento, um dia ele contou a verdade, ai o
mundo dela caiu… era mau demais para ser verdade, mas, tarde demais…
Ela que nem se lembrava que existia como mulher… já tinha
acordado os sonhos adormecidos, ela que sorria por tudo e nada, ficou triste… enciumada escondia a tristeza de tudo, todos chorava
sozinha…tornou-se insuportável, ficou… sombra do que era
Ela queria aquele homem, afinal foi ele que a despertou que
a fez sentir mulher, a mulher que havia nela.
Foi difícil tomar a decisão.
Mas tinha de ser tomada….
Ele não é feliz, ela tão pouco , vegetam como tantos casais
que não tem coragem de ser eles mesmos. Não há cumplicidade, carinho, em suma amor…mas estão juntos não por eles
mas para mostrar ao mundo que são um casal.
Vive-se muito de aparência…
Muitos desprezam o mundo dos afetos …. que viver assim, não é viver é passar pela
vida, somar dias atras de dias, sem se completarem sem terem aquilo porque
viemos ao mundo, amare e ser amados.
A vida dá-nos um manancial de oportunidades, que vão surgindo
a cada par e passo, há que estar atentos saber olhar e ver, sem medos, somos
aquilo que somos quem nos ama, ama-nos como somos com o bom e o menos bom, não
podemos fingir ser o que não somos.
Amar não è só dizer… é muito mais que isso, é provar todos
os dias… nas pequenas coisas , num beijo inesperado, num abraço sem contar, num
instante que ligamos só para ouvir a voz amada, e dizer amo-te.
O amor é uma flor linda, bela perfumada, que exige cuidados,
no jardim de quem se ama, ela necessita ser regada, a sensibilidade que nos dá
o amor…adubada de carinho, podada de ternura , regada de cumplicidade com a sabedoria
que nos dá… o próprio amor
O dormir de conchinha o desejo de sentir o corpo do outro
pele com pele, sentir o calor ameno que o outro nos dá…o sabor da boca nos
beijos mais loucos…onde sentimos tudo que só quem ama pode sentir…é maravilhoso
o seu beijo a húmido um só tempo arrebatador e terno…como? Quando? Ela não
sabe, ele tão pouco…
Tudo queria, ela já voltou algumas vezes aquela praia…mas…nunca
mais teve o mesmo encanto
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